quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FINADOS: FALANDO DA VIDA



Neste mês de novembro nós, católicos, celebramos o dia dos finados, especificamente no segundo dia do mês. Quando nos referimos a finados logo nos vem à mente a idéia da morte e conseqüentemente a dor que ela nos proporciona. Muito se fala a respeito da morte, ao longo da história da humanidade. Filósofos, pensadores, cientistas. Muitos deles dedicaram todo o tempo de sua vida para entender o fenômeno da morte. Nós também muitas vezes, principalmente na perda de um parente, amigo ou ente querido ficamos a refletir sobre a morte. O que é a morte? Para onde vamos depois da vida? Existe o céu e o inferno? Essas perguntas evidentemente já nos passaram à mente em algum momento de nossa vida. Qual é então o sentido da morte para nós?È falando da vida que tentaremos compreender a morte.

Santo Agostinho narra em seu livro “Confissões”, dois momentos em que a morte é uma realidade em sua vida. Num primeiro cenário Agostinho, ainda na sua mocidade, vive a dor pela morte de seu maior amigo. Inconsolado Agostinho refuta toda e qualquer explicação para a morte. Esse vazio causado pela ausência do amigo leva Agostinho a perder o brilho pela vida. Num segundo momento, já após sua conversão por volta dos seus 40 anos, mais uma vez a morte entra em cena na vida do santo. Dessa vez deixava este mundo sua mãe, santa Monica. A tristeza pela perda da mãe certamente foi inevitável, mas dessa vez, Agostinho mais amadurecido tinha como porto seguro sua fé. Fé que professava a crença numa vida eterna junto de Deus.

Percebem a diferença entra uma cena e outra? Na primeira ele parece ter perdido a razão de viver devido a dor imensurável causada pela morte do amigo. Na segunda experiência ele deu sentido á morte porque, atribui sentindo á vida, baseando na fé. Não existe uma comprovação nem uma verdade empírica a respeito do que acontece após a morte, isso todos nós: religiosos, ateus, cientistas concordamos. Mas, quem professa uma fé na Ressurreição, certamente conseguirá significar ou resignificar sua vida após passarmos por essa experiência de dor. Nossa mensagem vai com esse objetivo: convocar a cada um para aproveitar a vida realizando atos benéficos a si ao seu próximo. Que possamos acreditar que mesmo nos despedindo aqui, nos reencontraremos em Deus. Nas mãos de Deus.